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Número de poços artesianos sem regulação no Brasil chega a quase 90%

Foto do escritor: DagobertoDagoberto

Atualizado: 28 de dez. de 2023

Água captada de maneira clandestina seria suficiente para abastecer o país por 1 ano e receita gerada pela cobrança deste volume chegaria a R$ 59 bilhões por ano.

O Brasil possui mais de 2,5 milhões de poços artesianos, deste total, quase 90% são clandestinos e, por conta disso, estão sujeitos a contaminações e problemas sanitários e ambientais. Além disso, caso toda água subterrânea extraída fosse oferecida ao preço médio praticado pelos operadores de água, que era de R$ 3,36/m³ segundo o último levantamento nacional, de 2016, feito pelo Instituto Trata Brasil, a receita total chegaria a R$ 59 bilhões por ano para os cofres públicos.


Dados de consumo são mascarados


Pelo fato de apenas 12% dos poços artesianos do Brasil serem conhecidos e registrados pelos órgãos públicos, muitas vezes os números oficiais de consumo não representam a realidade das cidades. Em 2015, na região metropolitana de Porto Alegre, estimava-se que 99% do abastecimento público era realizado com água superficial. Porém foram identificados cerca de 4 mil poços privados extraindo mais de 6 m³/s, este número constatava que, na verdade, 18% da água utilizada na região era subterrânea e não apenas 1%. Fonte: CPRM 2018

"Ter um poço não tem problema, mas um poço ao lado do outro causa interferência hidráulica. Os níveis de água podem cair muito. Quando os poços são clandestinos, perfurados ao acaso sem ninguém controlar, muitos poços podem ser perfurados na mesma região. O aquífero pode secar". Ricardo Hirata, professor coordenador do curso de Geologia da USP.

Por que regularizar seu poço artesiano?

Além do esgotamento dos aquíferos, outro risco diretamente relacionado com a clandestinidade é a utilização de águas contaminadas. Quando o poço é regularizado, seu dono deve seguir normas de vigilância sanitária que incluem, por exemplo, a realização de analises clínicas regulares. Quando o poço é ilegal, estas análises, comumente, são negligenciadas, deixando a água sujeita a contaminações de poluentes diversos. Isso porque, quando uma cidade ou parte dela não tem rede de esgoto, uma parte é jogada nos rios, mas a grande maioria acaba indo para fossas sépticas e fossas negras, atingindo a água subterrânea.


Custo x benefício da regularização

Muitas pessoas e empresas acabam por não regularizar seus poços artesianos devido ao custo, relativamente alto, para tal. Como todo o processo para se obter a outorga de uso de direito da água deve ser feito seguindo as NBR's 12244 e 12212, algumas adequações estruturais e análises laboratoriais são indispensáveis.

Porém, uma vez regularizado, em pouco tempo o investimento feito retorna para o bolso do cliente, não havendo mais a cobrança mensal pela companhia de abastecimento hídrico local (quando esta se faz presente), além da certificação que a água utilizada, seja no processo industrial, agrícola, consumo humano ou animal, dentre outros, está livre de contaminação e sendo usada de maneira sustentável, evitando assim, futuras complicações sanitárias e jurídicas.


IMPORTANTE: Contrate um profissional legalmente habilitado pelo CREA e com a devida atribuição para tomar conta do processo de regularização do seu poço artesiano. Desta maneira você terá a garantia que seu projeto será executado com economia e qualidade, evitando assim, problemas futuros que poderão gerar custos altíssimos. Prevenir ainda é bem melhor do que remediar!


Como a Serra Geral pode ajudar?

Possuímos um corpo técnico altamente capacitado para a obtenção da sua primeira outorga de uso da água subterrânea ou regularização, análises de qualidade da água, projetos estruturais para seu poço, dentre outros.

 
 
 

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